A seguradora de capitais públicos ENSA - Seguros de Angola anunciou, ontem, um resultado líquido de 1,68 mil milhões de kwanzas no primeiro semestre, mais 150 por cento face ao mesmo período do ano passado.
Em nota de imprensa enviada às redacções, a ENSA acrescenta que o resultado reflecte um crescimento de 33 por cento do volume de prémios, para 53 mil milhões de kwanzas, apesar de menos apólices novas, fruto da crise económica provocada pela pandemia da Covid-19.
No documento, a companhia reclama uma quota de mercado de 35 por cento, sendo os seguros de saúde, acidentes de trabalho e automóvel os que mais peso têm na carteira, sendo a seguradora líder nestes segmentos.
A taxa de sinistralidade caiu de 44 por cento em 2019 para 33 por cento em 2020, registando um ligeiro aumento de 1,0 por cento dos custos com sinistros, explicado essencialmente pelo impacto da inflação.
Os custos técnicos aumentaram 20 por cento no semestre devido ao reforço das provisões e à abordagem mais conservadora da ENSA em relação às responsabilidades, enquanto os custos operacionais aumentaram 19 por cento por influência da reestruturação em curso, prevendo-se, ainda assim,que em 2020 fiquem abaixo do ano anterior.
O rácio de cobertura das provisões técnicas situa-se nos 130 por cento, fruto de um esforço para acautelar imparidades e provisões em antecipação sobre os efeitos do saneamento financeiro em execução do referido Plano Estratégico.
O PCA da ENSA, Carlos Duarte, é citado na nota a declarar que “os bons resultados do primeiro semestre de 2020 são já o reflexo do Plano Estratégico 2020-2022 e das suas medidas de saneamento financeiro”.